A área da engenharia naval vive um momento de busca por profissionais. Com a recuperação da indústria naval brasileira nos últimos anos e a exploração de petróleo e gás no mar, faltam engenheiros qualificados para desenvolver projetos de navios, plataformas de petróleo e outras embarcações de apoio. Esta reportagem foi elaborada a partir da sugestão de um leitor do G1. Para os próximos dez anos, está prevista a construção de mais de 200 embarcações no país, segundo diretor do Centro de Engenharia Naval e Oceânica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Carlos Daher Padovezi.
O engenheiro naval faz projetos de corpos flutuantes, como navios, plataformas marítimas ou outros corpos que estejam em água, como barcos e lanchas. A atuação ocorre em escritórios de projetos, que trabalham com muita computação, softwares de projetos e desenhos, nas próprias embarcações, com a inspeção e levantamento de problemas, em estaleiros, que constroem os navios e atuam no processo de produção, ou no apoio à pesquisa, como acontece IPT. Com a falta de profissionais no mercado, o salário inicial fica em cerca de R$ 5 mil em estaleiros e em empresas petroleiras, como a Petrobras, uma das maiores empregadoras da área. Um ensaio dura em média dois meses, que inclui a construção do modelo, a preparação e o ensaio em si, com conclusões e recomendações. Um robô que vale cerca de R$ 1 milhão constrói os protótipos em fibra de vidro, madeira ou poliuretano em dois a três dias.
Além dos tradicionais cursos de engenharia naval do país, na Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o país tem ainda um curso de engenharia naval voltado para hidrovias na Universidade Federal do Pará (UFPA), um curso de engenharia mecânica naval na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), iniciado no primeiro semestre de 2010, e conta com um novo curso em desenvolvimento.
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